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Espírito Santo

Palestras sobre investimentos no agro e perspectivas de mercado encerram 2º dia de seminário

Mais de 100 pessoas, entre lideranças, gestores e cooperados das coops do estado, participam da atividade


01/12/2021 19:06 - Por Renan Chagas
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O público presente no 1º Seminário Capixaba de Aperfeiçoamento das Cooperativas do Ramo Agropecuário conferiu, na tarde desta quarta-feira (1º/12), duas palestras que integraram a programação oficial do evento. Os temas abordados foram os investimentos no agro e as perceptivas de mercado para o setor. Mais de 100 pessoas, entre lideranças, gestores e cooperados das coops do estado, participam da atividade.

Com o objetivo de levar informações claras sobre os investimentos realizados no setor e as potencialidades existentes, o diretor executivo do Sicoob ES, Nailson Dalla Bernardina, apresentou um panorama geral sobre o tema, mostrando aos avanços promovidos nos últimos anos e as possibilidades que podem ser aproveitadas para que o agro conquiste ainda mais espaço.


Durante a sua apresentação, Bernardina relembrou o trabalho iniciado com o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), em 2002. “Atualmente, somos o maior repassador desse recurso no estado, entregando mais oportunidades para os cooperados. Temos ainda avanços que estamos buscando, junto com o apoio do Sistema OCB/ES, principalmente para viabilizar a distribuição do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), permitindo entregar de forma capilarizada esses recursos”, disse.

Nailson também mostrou uma série de indicadores referentes ao crédito rural, incluindo as liberações por produto e saldo por finalidade. Ele também aproveitou a oportunidade para incentivar a diversificação de produtos, assunto também se levantando por outros especialistas durante a programação. “Precisamos trabalhar novas modalidades de crédito e diversificar os nossos produtos. O nosso estado tem uma potencialidade gigante para isso. Conseguimos potencializar o que já temos e criar novos caminhos”, completou.

Além da série de informações, o diretor executivo do Sicoob ES também levou uma novidade aos participantes: o programa “ÁGUA LIMPA + Saúde”, lançado em primeira mão durante o seminário. “Esse é um projeto de impacto social e ambiental. Contamos com o apoio da Unimed na disponibilização de informações sobre melhoria da qualidade de vida na área da saúde” explicou.


O programa atuará em um dos grandes desafios nas regiões de zona rural, que é o tratamento do esgoto. “Em muitas propriedades, o esgoto ainda é lançado nos rios, causando a contaminação do solo, a poluição das águas e impacto na saúde das pessoas”, completou. Para sanar esse problema, a cooperativa disponibilizará uma linha de crédito com juro 0 para a aquisição de biodigestores, auxiliando no processo", explicou.


PERSPECTIVAS DE MERCADO

O segundo dia de atividades do seminário foi encerrado com uma palestra da professora e economista Rita Mundim, que é docente da Fundação Dom Cabral e comentarista de economia, tendo recebido prêmios e reconhecimentos nessa área e na área da comunicação. A palestrante levou para o público presente uma explanação sobre as perspectivas de mercado para o setor agro. Ela destacou diversos pontos que precisam ser considerados pelas coops.

“Estamos vivendo 21 anos de um século diferente de todos os outros que já vivemos, e isso requer uma postura diferente das organizações. O mercado vem exigindo instituições cada vez mais bem preparadas nas mais diferentes frentes. O grande ponto desse século é a customização, que hoje permite ganhar nichos de mercados específicos. Hoje cada cooperativa precisa ter o desempenho e a eficiência da melhor cooperativa global e a capacidade de atender o mercado local”, disse.


Mundim também destacou a necessidade de profissionalização. “Atualmente temos muitas incertezas, e a incerteza traz riscos. Qual a melhor ferramenta para minimizar esse desafio? O conhecimento. Por isso, é preciso focar na formação e capacitação das pessoas, para que elas possam ser o diferencial nesse mercado”, pontuou. Ela também abordou a necessidade de se mudar o foco do olhar. “Não estamos mais vendendo produtos e serviços, mas experiências e ideias. É isso que as cooperativas precisam entender e mostrar para a sociedade”, completou.

Além disso, ela pontuou que o cooperativismo já tem todas as características necessárias para se sobressair. “Esse é um movimento que já traz na sua essência diversos pontos que estão diretamente alinhados àquilo que o consumidor quer, como a responsabilidade social, o cuidado com o meio ambiente e uma conquista que é compartilhada entre todos. Ou seja, o cooperativismo tem tudo o que é preciso para ir além e de destacar”, finalizou.

Fonte: Sistema OCB/ES

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