O presidente da Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do
Estado do Espírito Santo (Cafesul), Renato Theodoro, conquistou uma cadeira
internacional para o Brasil ao ser eleito como representante do país no
segmento café na Junta Diretiva da Coordenadora Latino-americana e do Caribe de
Pequenos Produtores e Trabalhadores do Comércio Justo (Clac). A eleição foi
realizada nos dias 26, 27 e 28 de janeiro, em formato virtual, durante a
Assembleia Geral Ordinária (AGO) da instituição.
Rede latino-americana de produtores coproprietária do sistema
Fairtrade International, a Clac representa todas as organizações certificadas
“Fairtrade” da América Latina e do Caribe, assim como outras organizações de
comércio justo. Sua missão é representar e promover os interesses, o empoderamento
e o desenvolvimento de seus membros e suas comunidades.
A indicação para ocupar o posto foi realizada pela Associação
das Organizações de Produtores Fairtrade do Brasil (BRFair), atualmente presidida
por ele, que é a coordenadora nacional de Comércio Justo do Brasil, com a
função de representar as organizações de pequenos produtores certificadas pelo
Comércio Justo Fairtrade. Cada mandato tem duração de três anos, e cada
representante pode ocupar o cargo por até dois mandatos consecutivos.
“Nós já estávamos representados na Junta Diretiva pelo
presidente de uma cooperativa do Sul do país, mas ele cumpriu os seus dois
mandatos. Nós não queríamos perder esse assento, então articulamos para manter
a nossa representação dentro desse importante grupo”, explicou o presidente da
Cafesul. A Junta é composta por representantes de diversas regiões e de vários
produtos que possuem a certificação.
Renato também falou sobre a importância dessa conquista.
“Hoje o Brasil tem um assento dentro da Junta Diretiva da Clac, representando
os produtores brasileiros. Lá é uma instância institucional de nível superior
que discute uma série de problemáticas, não só do café, mas de outros produtos
certificados, como questões ambientais, mudanças climáticas, projetos que são
desenvolvidos e até questões de mercado e preços. Dali saem as normas e
diretrizes para a certificação”, pontuou.
Ainda segundo o representante, o espaço permitirá levar as
pautas do segmento para discussão. “A participação do Brasil nesse colegiado é
importante também porque nos garante voz, voto e força, além de sabermos o que
está acontecendo dentro desse ‘mundo’ da Fairtrade, podendo trazer informações
para os produtores e para as organizações certificadas, que, em sua grande
maioria, são cooperativas”, completou.
Tags
cafesul fairtrade clacFonte: Sistema OCB