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Espírito Santo

Cooperativas conhecem benefícios do Programa Gerar, do governo do ES

Iniciativa possui seis eixos, e um deles é o de incentivos tributários para empresas e cooperativas que implementam projetos de energia renovável aprovados pelo programa


02/08/2022 13:29 - Por Síntia Ott
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A maior parcela da matriz energética brasileira (33,1 %) corresponde ao petróleo e seus derivados, de acordo com o Balança Energético Renovável 2021. Essas são fontes não limpas e nem renováveis. Já a matriz elétrica do país, que contempla apenas as fontes para a geração de energia elétrica, é majoritariamente hidráulica (65,2%), uma energia limpa e renovável.  Outras energias renováveis, como a eólica e a solar, começam a ganhar escala no Brasil.

Em observação a esse cenário favorável para investimentos em fontes energéticas não poluentes nem finitas que o Sistema OCB/ES realizou, na manhã desta terça-feira (2/8), um evento de apresentação do Programa de Geração de Energias Renováveis do Espírito Santo, o Gerar. O encontro foi virtual e contou com a participação de representantes de cooperativas capixabas pertencentes a diferentes ramos e segmentos de atividade.

A apresentação do programa foi feita pela subsecretária de Competitividade do Espírito Santo, Raquel Freixo. A convidada observou que as mudanças climáticas, outrora consideradas distantes e sem impactos diretos na iniciativa provada, têm começado a fazer parte das preocupações das empresas.

“Muitas cooperativas que trabalham no interior já ouvem falar sobre as mudanças climáticas. Há alguns anos o assunto parecia ativismo, distante da iniciativa privada, mas começamos a ver e a sentir os efeitos das alterações no clima. Isso fez com que começasse a ser abordado no setor produtivo”, lembrou.

A subsecretária frisou que o Programa Gerar tem como propósito impulsionar a geração e o uso de energia renovável pela iniciativa privada, setor produtivo que contempla o cooperativismo.

Freixo também enfatizou que a iniciativa não se resume a incentivos fiscais, pois está alicerçada em seis eixos, que se complementam. São eles: instrumentos regulatórios, com o objetivo de desburocratizar processos; incentivos tributários, para recompensar quem adere ao programa; Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), para fomentar a inovação na matriz energética renovável; acesso à rede, para criar pontes entre a iniciativa privada e os órgãos reguladores; desenvolvimento regional, via apoio técnico aos municípios; e financiamentos, necessários para custear projetos.

“O governo estadual não pode interferir em regras de órgãos reguladores como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mas pode fazer pontes”, esclareceu Freixo, ao falar do eixo de acesso à rede.


INCENTIVOS TRIBUTÁRIOS

Sobre os incentivos fiscais, a subsecretária fortaleceu que se trata de uma estratégia legítima, contemplada pela Constituição Federal, mas alertou que é necessário monitorá-la para manter sua efetividade, a exemplo do que ocorre no Programa Gerar.

No eixo dos incentivos tributários, o Gerar prevê a isenção de ICMS para minigeração distribuída de energia elétrica de fonte solar fotovoltaica de até 5MW. Na modalidade de geração distribuída, usinas que produzem acima de um megawatt precisam ingressar no programa para serem contempladas com incentivos.  Caso se deseje acessar incentivos que envolvam outras fontes de energias renováveis, é necessário apresentar o projeto para o Programa Invest-ES.

Em caso de dúvidas sobre esses ou outros procedimentos, o contato poderá ser feito com o e-mail energias@sectides.es.gov.br


COOPS CAPIXABAS JÁ PRODUZEM OU USAM ENERGIA SOLAR

Algumas cooperativas do Espírito Santo já deram a largada na diversificação de suas matrizes elétricas. A Ciclos, cooperativa de plataforma idealizada pelo Sicoob ES, é uma das pioneiras na produção e distribuição de energia solar no âmbito do cooperativismo capixaba. Em breve, os clientes da cooperativa poderão alugar parte de uma usina fotovoltaica para ter acesso à energia limpa e renovável em seus endereços.

A energia produzida em usinas fotovoltaicas da Ciclos nos municípios de Ibiraçu e Conceição da Barra já é dividida com unidades da Coopeavi e cooperados do Sicoob ES.

A Cooabriel começou a operar sua primeira usina solar em 2021, em São Gabriel da palha. O projeto ainda é piloto, e visa diversificar a matriz elétrica no armazém da cooperativa.

A energia solar também já está em uso no segmento educacional do cooperativismo capixaba. A Coopeducar faz uso dessa fonte há mais de dez anos. A Coopesma também implantou uma estação de energia solar em sua estrutura, buscando garantir a sustentabilidade ambiental e financeira do negócio. A CEL está em seu primeiro ano de implantação de energia renovável.

A Credigaroto, do Ramo Crédito, também começou os trabalhos com fontes de energia mais sustentáveis. A cooperativa já implantou um sistema de energia limpa.




Fotos


Fonte: Sistema OCB/ES

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