Receber um órgão transplantado é
um acontecimento que muda uma vida e representa muitos recomeços. Apesar disso,
56% das famílias ainda se recusam a autorizar a doação de órgãos de
seus parentes, de acordo com dados da Central Estadual de Transplantes do
Espírito Santo (CET-ES).
Para ajudar a mudar este cenário,
a campanha de Doação de Órgãos de 2022 da Unimed Sul Capixaba, que
acontece até o fim de setembro, tem por objetivo demonstrar que esse gesto é
uma verdadeira declaração de amor. Declarar-se doador para a família é, também,
uma forma de declarar seu amor pelo próximo.
A campanha #QueFiqueDito busca
criar um grande movimento potencializado pelas redes sociais para abordar um
assunto que ainda é tabu, mas que precisa ser discutido nos círculos
familiares, servindo de motivação para que as pessoas deixem claro o desejo de
serem doadoras e, assim, as famílias sejam sensibilizadas à doação de
órgãos.
Atualmente no Espírito Santo,
1.939 pessoas estão inscritas no Cadastro Técnico Único (TCU), aguardando por
transplantes. Destas, 683 pessoas aguardam por transplante de córnea, 1.231
aguardando um rim, 18 um fígado e 07 por transplante de coração. Apesar disso,
o número de transplantes realizados no primeiro semestre deste ano foi menor do
que no mesmo período do ano passado.
No estado são realizados os
transplantes de coração, fígado, rim, córnea/esclera, medula óssea autólogo e
medula óssea aparentado.
A Unimed Sul Capixaba, está
fechando parceria com a equipe de Banco de Olhos de Vila Velha, para realizar a
captação de córnea e, atualmente, está buscando o credenciamento junto à
Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) para a realização de
transplante renal.
TRANSPLANTE TRANSFORMA VIDAS
Passar quatro horas ligado à
máquina de hemodiálise, três vezes por semana, é uma rotina para doentes renais
crônicos que dependem deste procedimento para sobreviver. O militar aposentado
José Alves Sobrinho, morador de Cachoeiro, conhece bem esta realidade, mas, há
oito anos, sua vida foi transformada graças a um transplante de
rim.
“Eu era doente renal e fiz
hemodiálise por cerca de um ano. Mas era muito sofrido. Eu passava mal antes,
durante e depois. Não aguentaria muito tempo aquela rotina”, lembra. Desde que
recebeu o rim transplantado, sua vida mudou completamente. "Hoje sou mais
livre, tenho qualidade de vida. Já fiz viagens com a minha esposa e estou bem
de saúde, graças ao presente que ganhei de uma família doadora”, relata.
Sua esposa, Dilma Rocha, lembra
que é necessário um cuidado especial para que o órgão seja preservado. “É
preciso tomar medicações diárias e fazer acompanhamento médico regular. Mas ele
consegue levar uma vida normal. A sensação é que fomos premiados, mas sabemos
que a doação veio de um gesto de amor ao próximo de uma família num
momento muito difícil. Por isso somos muito gratos”, comenta.
Fonte: Unimed Sul capixaba