Sessões de cinema, oficinas de
arte, oficina sensorial, brincadeiras e contação de histórias divertiram e
promoveram a interação de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
atendidas pelo Centro de Especialidades Unimed (CEU) em dezembro, em Cachoeiro
de Itapemirim. As atividades fizeram parte da Semana Recreativa Unimed, que
teve como objetivo contribuir para o desenvolvimento das habilidades sociais,
psicomotoras e de comunicação dos pacientes com TEA.
No evento, as crianças
interagiram entre si, com o acompanhamento dos profissionais de saúde, tendo
uma experiência diferente ao atendimento individual regular com psicólogos,
fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.
Renata Almeida Koppe Morelo, mãe
de Matheus, de 2 anos e 5 meses, ressaltou que a iniciativa contribuiu para que
ele tivesse uma interação social que não estava sendo possível por conta da
pandemia. “Matheus teve a oportunidade de estar com os coleguinhas,
participando de atividades na sala de cinema e pintura no rosto. Os estímulos
foram muito importantes para o desenvolvimento”. Ela, que é agente comunitária
de saúde, conta que quando o filho iniciou as terapias na Unimed, ele não
falava palavras e não mantinha contato visual com as pessoas, situações que
evoluíram gradativamente.
Quem também elogiou a Semana
Recreativa foi a mãe do paciente Theo Oliveira Rua Rodrigues, de 4 anos. “Achei
que foi tudo muito bacana, porque normalmente o espaço terapêutico é
individual. O Theo ficou animado porque fizeram uma árvore de Natal com as
fotos das crianças, dos terapêuticos, dos profissionais. Ele gostou de se
identificar na árvore e ver os amiguinhos também”, disse Flávia Moreira
Oliveira, que é psicóloga.
Ela avalia que, a partir das
interações e novas percepções e informações ocorridas no evento, os
profissionais que acompanham o Theo poderão avaliar como está o desenvolvimento
dele e quais futuras intervenções poderão ser feitas no dia a dia das terapias.
Dados de 2020 da Organização Mundial de Saúde
(OMS) apontam que há mais de 70 milhões de pessoas com TEA no mundo, sendo
cerca de 2 milhões no Brasil.