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Espírito Santo

Cooabriel vai definir os melhores cafés 100% conilon em prova com Silvio Leite

Nesta edição, serão mais de R$ 190 mil em prêmios para os produtores do Espírito Santo e da Bahia


02/10/2023 14:15 - Por Stefany Sampaio - Agro Business
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Foto: Reprodução/Folha Vitória

No próximo dia 20 de outubro, a Cooabriel vai definir os melhores cafés capixabas 100% conilon na cerimônia de entrega do “Concurso Conilon de Excelência Cooabriel”, que há exatas duas décadas estimula os produtores na busca constante pela melhoria da qualidade. Nesta edição, serão mais de R$ 190 mil em prêmios para os produtores do Espírito Santo e da Bahia. O concurso pioneiro para o café conilon foi criado em 2003 em um tempo em que muitas barreiras ainda impunham limites sobre o café conilon. A cooperativa recebeu 122 amostras de café, sendo a maioria de produtores capixabas.

PRÊMIO ELEVOU O PATAMAR DE QUALIDADE DO CAFÉ CONILON CAPIXABA

Nas últimas décadas, o Espírito Santo deixou de ser visto como um estado com cafés de baixa qualidade e passou a produzir grãos reconhecidos no Brasil e no mundo. Nesse processo de evolução do café capixaba a premiação da Cooabriel teve grande importância.

O concurso foi dividido em duas categorias: café natural e fermentado. “Nossos produtores buscaram mais conhecimento e realmente se empenharam nos processos de pós-colheita. Estamos percebendo que as amostras inscritas estão excelentes. A expectativa é de que tenhamos ótimos resultados”, explicou Júlia Partelli, degustadora Q-robusta Grader da Cooabriel.

A categoria natural inclui cafés que não passaram por processos de pós-colheita e café com processos de descascamento ou despolpa, tendo os dois modos passado por secagem natural, seja em terreiro/estufa ou secador a fogo indireto.

Já na categoria do café fermentado, foram inscritos cafés que passaram por um processo de pós-colheita, sendo fermentação natural ou induzida, com secagem em terreiro/estufa ou secador a fogo indireto.

Outro destaque deste ano são as premiações, que podem chegar a mais de R$ 190 mil. A cooperativa garantirá a compra dos lotes máximos inscritos para os 10 finalistas de cada categoria.

Do primeiro ao quinto colocado, será pago um valor que pode chegar a R$ 4 mil a saca, já para o sexto ao décimo colocado de cada categoria, será pago um valor de 40% a mais que a cotação do café tipo 7 paga no dia. Nessa quarta-feira (20), a saca estava sendo cotada a R$ 620,00.

A Cooabriel iniciou as suas atividades em 1963 a partir de uma mercearia para atender os produtores em itens de necessidades básicas. O café conilon entrou na região de São Gabriel da Palha devido à crise de erradicação do café no Brasil, que aconteceu em meados da década de 60. Desde então, a cooperativa trabalha com a variedade e se tornou referência no país no que se refere à qualidade e sustentabilidade.

Hoje, aos 60 anos, a Cooabriel possui quase 8 mil cooperados, além de 12 armazéns em dois estados, Espírito Santo e Bahia, e 16 lojas de insumos, distribuidoras e produtos.

No último ano, faturou R$ 1,8 bilhão e ocupou a 20° posição no ranking entre as maiores empresas do estado. Para 2023, destinou um investimento de R$ 20 milhões para ampliar a capacidade de armazenagem dos cafés produzidos por seus cooperados.

O concurso terá novamente como head da prova de ranqueamento, o especialista internacional Silvio Leite. Ele é um dos grandes nomes em análise sensorial de cafés especiais no Brasil, com mais de 40 anos de experiência em classificação de cafés, degustação de xícaras e controle de qualidade.

A primeira edição do concurso surgiu em 2003, porém, em 2021, a cooperativa lançou junto aos cooperados o desafio de aumentar a pontuação dos cafés nos resultados sensoriais. Como resultado, na época, 60% dos finalistas atingiram uma média de 85 pontos e o grande vencedor desenvolveu um café de altíssima qualidade, com 90 pontos.

A expectativa do presidente da cooperativa, Luiz Carlos Bastianello, é manter a qualidade e conquistar resultados superiores nesta edição.

“Essa é uma edição especial, nós estamos completando 20 anos de realização do concurso. À medida que começamos a investir em tecnologia e conhecimento, os resultados se tornaram evidentes. Recebemos mais de 120 amostras, o que nos instiga, pois demonstra que os produtores estão comprometidos em aprimorar a qualidade. É fundamental que continuemos a investir nos produtores, fornecendo conhecimento para que possam continuar aprimorando a qualidade do café”, ressaltou o presidente.

 


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Fonte: Agro Business - Folha Vitória

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