Cooperados
da Coopbac reunidos para conhecer o plano de negócios do projeto.
Um projeto com orçamento de US$ 1,1 milhão que pretende aprimorar a cadeia produtiva de pimenta no Norte do Espírito Santo será executado pela Cooperativa dos Produtores Agropecuários da Bacia do Cricaré (Coopbac), localizada em São Mateus. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou o projeto e disponibilizará 850 mil dólares à cooperativa, cerca de 80% do orçamento. A Coopbac complementará o recurso com 250 mil dólares.
O projeto foi elaborado pela Fundação
Espírito-santense de Tecnologia (Fest), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com o apoio da Coopbac. Após estruturado, o escopo foi encaminhado
ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para
apresentação ao BID, que aprovou a proposta. Isso porque a cooperativa
participa do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Agropecuário do Nordeste
(AgroNordeste), que incluiu o Espírito Santo em sua área de abrangência pelo
fato de o estado pertencer à zona contemplada pela Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Dentro do AgroNordeste, por sua vez, há o projeto Arranjos
Produtivos Locais (APL), que atua em territórios prioritários, um dos fatores
que permitiu a aprovação do projeto da Coopbac.
“Diante da necessidade de tornar as nossas cadeias produtivas
de pimenta mais organizadas, eficientes e ampliar nossos canais de
comercialização, obtivemos essa conquista junto ao BID, por intermédio do
AgroNordeste e do APL. O recurso será
usufruído diretamente pelos nossos cooperados e será irradiado para vários
pipericultores do Espírito Santo”, comemora o presidente da Coopbac, Tomas Batista
Silveira.
O projeto será aplicado por quatro anos na cadeia produtiva
da Coopbac e buscará mitigar problemas que reduzem o ganho de lucratividade e eficiência
no processo produtivo da pimenta. Cada ação proposta visa sanar um gargalo que
dificulta a aplicação de boas práticas agrícolas no processamento das pimentas.
O ponto de partida dos trabalhos técnicos serão as unidades
familiares rurais, por meio de capacitações, mas a equipe envolvida no projeto
também irá acompanhar e orientar a fase de preparação e agregação de valor ao produto.
Assim, a pimenta poderá ser negociada em condições mais favoráveis pela
cooperativa, considerando o ganho em termos de escala e de qualidade.
De acordo com o diretor administrativo da Coopbac, Erasmo
Negris, os recursos serão aplicados em conformidade com as metas e ações
pré-estabelecidas em plano de negócios do projeto. “O plano de negócios tem um
orçamento pré-aprovado. Esse documento relaciona os períodos de execução e de
aplicação dos recursos com as metas e ações estipuladas”, esclarece Negris.
RECURSOS PODERÃO GERAR MAIS EXPORTAÇÕES
Atualmente a Coopbac ainda é considerada uma cooperativa de
agricultura familiar de pequeno porte, pertencente ao Ramo Agropecuário do
cooperativismo capixaba. Apesar de se enquadrar nesse perfil, ela é referência
na cadeia produtiva de pimenta em âmbito estadual e nacional, pois foi a
primeira do Espírito Santo a exportar especiarias e ocupa, hoje, a primeira
posição no ranking brasileiro de exportação do produto.
“As demandas aumentam diariamente e trazem consigo novas exigências
mercadológicas, como barreiras tarifárias e não tarifárias, fatores que
dificultam as nossas exportações. O recurso que receberemos nos auxiliará
enormemente nesse quesito, pois com ele conseguiremos abrir novos canais de
comercialização, trazendo maior segurança aos nossos cooperados e cooperadas”,
avaliou o presidente da Coopbac.
PARCEIROS
O Sistema OCB/ES, entidade que defende, assessora e representa o cooperativismo no Espírito Santo, é uma das instituições que compõem o Comitê Estadual de Coordenação do AgroNordeste, coordenado pela Superintendência Federal de Agricultura no Espírito Santo. Também participam do comitê a Faes, o Senar, o Sebrae, a Conab, o Incra, o Incaper, a Ufes, o Ifes, a Ceplac, o Banco do Nordeste e o Banco do Brasil.
“Destaco o enorme apoio da superintendência do Ministério da
Agricultura no Espírito Santo, na pessoa do superintendente Aureliano Nogueira
da Costa, que com apoio parlamentar articulou a inclusão do nosso estado no
Programa AgroNordeste. Esse programa irá oportunizar a estruturação de várias
cadeias produtivas prioritárias para o nosso estado”, agradeceu o presidente da
Coopbac.
“Também cito em meus agradecimentos o Sistema OCB/ES, que defendeu nosso projeto desde o princípio, reconhecendo que a pipericultura no Espírito Santo é uma pauta prioritária”, completou Silveira.
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coopbac bid projeto pimentaFonte: Sistema OCB/ES