Quando pensamos em uma empresa que compra, vende, produz e gera lucro, seja qual for o seu porte e segmento, costumamos imaginá-la nos moldes tradicionais, mas nem sempre é assim. No mercado, existem duas estruturas organizacionais que buscam o sucesso econômico: as empresas, nos moldes “convencionais”, e as cooperativas.
No entanto, apesar de ambas desempenharem papéis fundamentais no desenvolvimento da economia, os dois modelos econômicos possuem maneiras completamente distintas de funcionar.
As empresas tradicionais têm como objetivo principal a maximização dos lucros para os seus sócios e proprietários. Embora também possam estar engajadas com iniciativas sociais e ambientais, a lucratividade costuma ser o principal indicador de sucesso.
Por outro lado, as cooperativas se configuram como organizações autônomas, formadas por pessoas com interesses em comum, onde o principal objetivo é proporcionar benefícios econômicos, sociais e culturais a um coletivo, priorizando o bem-estar social das comunidades e a prestação de serviços de qualidade a preços acessíveis.
Isso significa que, ao mesmo tempo que precisam obter resultados financeiros positivos para gerar prosperidade, as cooperativas atuam com base em princípios que valorizam o ganho de todos, priorizando práticas sustentáveis, a igualdade e o desenvolvimento social, características que refletem na preocupação com a satisfação dos membros das comunidades onde estão inseridas.
E as diferenciações não param por aí. Nas instituições tradicionais, a distribuição do lucro pode ser desproporcional, dependendo da posição hierárquica de cada membro. Nas coops, a divisão dos resultados é feita democraticamente, de acordo com os investimentos realizados pelos seus associados ou cooperados.
Outra característica das empresas tradicionais é que, nelas, as decisões costumam ser centralizadas por um pequeno grupo de pessoas, sendo eles donos ou sócios, e o poder de voto tende a ser proporcional à quantidade de ações detidas por cada proprietário, executivo ou acionista.
Já os clientes das cooperativas participam das tomadas de decisão que envolvem o negócio, fator que está ligado ao segundo princípio do movimento cooperativista: o de Gestão Democrática. Assim, as diretrizes são definidas de maneira conjunta nas coops, com a participação de todos os cooperados, independentemente da quantidade de capital investido por cada um.
Essas diferenças entre os dois tipos de organização mostram que o cooperativismo não se resume ao assistencialismo, pois busca sim o lucro, mas sempre em prol de objetivos coletivos. E resumo, é um modelo de negócio que gera prosperidade em âmbito financeiro e social de maneira simultânea, contribuindo para a construção de comunidades mais fortes e sustentáveis.
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sistema ocbes descomplicando o coopFonte: Sistema OCB/ES