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Espírito Santo

Exportação de cafés supera R$ 3,6 bilhões no Espírito Santo

Ao todo, o estado exportou 4,7 milhões de sacas de café


16/01/2024 12:25 - Por Stefany Sampaio
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Foto: reprodução/ Folha Vitória

Em 2023, o volume de exportações de cafés pelo Espírito Santo superou a marca de US$ 739 milhões, o equivalente a R$ 3,6 bilhões na cotação atual. Ao todo, o estado exportou 4,7 milhões de sacas de café. No ano passado, o Brasil enviou ao exterior 39,2 milhões de sacas, o equivalente a US$ 8 bilhões (R$ 38,9 bilhões). Os dados são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

O mês com maior volume de exportação no Espírito Santo até agora foi novembro, com US$ 123,3 milhões, o equivalente a R$ 600,4 milhões e 851 milhões de sacas ao exterior. Na sequência, se destacam em volume de sacas exportadas os meses de setembro (678,3 milhões) e outubro (625,7 milhões).

Quanto aos destinos dessas exportações, merecem destaque o Reino Unido, com 515.113 sacas e US$ 72,9 milhões, o México, com 482.650 sacas e US$ 71,4 milhões, e os Estados Unidos, que receberam 439.775 sacas, totalizando US$ 68,9 milhões.

No período de janeiro a dezembro de 2023, a estimativa do Cecafé é que foram embarcadas 4,7 milhões de sacas ao todo, gerando uma receita de mais de R$ 3,6 bilhões. Desse montante, 4 milhões de sacas foram de café conilon e 682,4 mil sacas de arábica.

Ao ampliarmos a análise para o âmbito nacional, o Brasil exportou 39,247 milhões de sacas de café em 2023, indicando uma estabilidade (-0,4%) em relação aos 39,410 milhões registrados em 2022. O café arábica liderou as exportações, contribuindo com 30,818 milhões de sacas, o que corresponde a 78,5% do total.

A variedade canéfora, que engloba conilon + robusta, teve 4,708 milhões de sacas embarcadas no período, com representatividade de 12%, acompanhada pelo segmento do solúvel, com 3,671 milhões de sacas (9,4%), e pelo produto torrado e torrado e moído, com 50.377 sacas (0,1%).

Esse desempenho destaca o Espírito Santo como um protagonista nas exportações nacionais de conilon, com uma fatia de 85% dos envios. O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, ressalta a importância desse feito.

“O Espírito Santo é o maior produtor de conilon do Brasil disparado, vivendo um momento muito especial para os produtores, não só do estado, mas também para os produtores de conilon e robusta em geral. Os preços na Bolsa de Londres atingiram níveis recordes, e a competitividade do café brasileiro, mesmo com preços muito atrativos para o produtor, faz com que o conilon alcance valores de até 800 reais. Esses preços são competitivos em relação a outras origens, o que nos proporciona essa oportunidade única.”

Ferreira prevê um cenário promissor para os produtores de conilon e robusta, destacando a possibilidade de continuidade desse quadro positivo até a próxima safra. Ele salienta que o Brasil se tornou um fornecedor essencial para diversas nações, inclusive aquelas com produção interna.

“Países produtores estão importando cafés brasileiros. As indústrias ao redor do mundo já incluem em seus blends de cafés com percentuais do Vietnã, da Indonésia, e, por isso, esses países, para atenderem seus importadores, precisam recorrer ao Brasil para suprir o consumo interno, seja na forma de café torrado ou moído, ou na forma de café solúvel. Isso é algo que está ocorrendo atualmente, e vou além: é algo que deve continuar durante este período que antecede a próxima safra. Podemos antever um cenário extremamente positivo para os produtores de conilon e robusta”, disse Márcio Ferreira.

Fonte: Folha Vitória - Coluna Agro Business

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