Em reunião virtual realizada na
última quarta-feira (9/3), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina,
atualizou informações sobre as ações do Governo Federal na busca de alternativas
para uma possível escassez de fertilizantes. A reunião foi organizada pelo
deputado Evair de Melo (ES), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo
(Frencoop), e contou também com a participação do presidente do Sistema OCB,
Márcio Lopes de Freitas, além de representantes do agro capixaba.
“Em face ao cenário que se
apresenta, nossa meta é apontar soluções que possam reduzir os impactos
econômicos no agronegócio brasileiro que aumentam mais a cada dia, e podem ser
agravados devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Já discutimos o assunto
com todos os segmentos e entidades do setor, adotamos medidas de curto, médio e
longo prazos, e estamos implementando iniciativas que darão maior tranquilidade
aos produtores brasileiros”, informou Teresa Cristina.
Segundo a ministra, as propostas
que estão sendo apresentadas pretendem manter o nível da produção agrícola
nacional, diminuir a dependência de importações de fertilizantes e evitar a
diminuição do estoque dos produtos no Brasil. O Plano Nacional de Fertilizantes
é uma dessas medidas. “Precisamos voltar a produzir fósforo e potássio. Nossas
terras dependem muito dos fertilizantes e esse plano é necessário para garantir
uma segurança mínima à nossa produção. Essa é uma medida que visa resultados no
médio e longo prazo, uma vez que o projeto prevê a possibilidade de
autossuficiência brasileira em relação a esses insumos em 30 anos”.
No curto prazo, a ministra
apontou a necessidade de aprovação de medidas em tramitação no Congresso
Nacional como o PL 3.507/21, que institui o Programa de Desenvolvimento da
Indústria de Fertilizantes (Profert); a realização de parcerias com indústrias
do Canadá e dos países árabes para a compra de fertilizantes e princípios
ativos a fim de suprir as necessidades de abastecimento do mercado nacional; e
a intensificação de estudos e o incentivo à produção de
biofertilizantes.
Coautor do PL 3.507/21, Evair de
Melo explicou que o Profert se baseia, principalmente, em incentivos fiscais
para estimular a produção de fertilizantes no Brasil. “Segundo a Associação
Nacional para Difusão de Adubos, os produtores brasileiros precisam fortemente
de outros países para terem, no campo, o fosfato, o cloreto de potássio, a
ureia e outros itens considerados indispensáveis à produtividade das
lavouras”.
O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas,
apresentou sugestões do cooperativismo também. Uma delas foi a adoção de
medidas para assegurar a integração de cooperativas do agronegócio que atuam em
vários países do mundo. Em fevereiro desse ano, a OCB acompanhou a ministra
Tereza Cristina em Missão Oficial ao Irã para estreitar os laços entre os
países e tratar sobre a possibilidade de importação de fertilizantes do país ao
Brasil.
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fertilizantes agropecuária coopFonte: Sistema OCB