O Sistema OCB promoveu, no dia 19/5, encontro virtual para apresentar as propostas do Sistema
Cooperativista para o Plano Safra 22/23 e ouvir as percepções das autoridades.
Participaram da reunião o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), Marcos Montes, e o presidente do Banco Central (Bacen), Roberto Campos
Neto. Também estiveram presentes os presidentes das frentes parlamentares do
Cooperativismo (Frencoop) e da Agropecuária (FPA), Evair Melo (ES) e Sérgio
Souza (PR), além de representantes de cooperativas dos ramos Agro e Crédito do
país.
O presidente da OCB, Márcio Lopes
de Freitas, fez a abertura do evento e destacou, entre outros pontos, a
importância de se manter a atual arquitetura do crédito rural e o aumento de
volume de recursos para o financiamento. Para isso, salientou a necessidade de
se ampliar os percentuais de exigibilidade de aplicação no crédito rural por
parte das instituições financeiras e a garantia de recursos orçamentários
adequados direcionados à equalização das taxas juros.
“Precisamos fortalecer os canais
que viabilizam nosso processo de produção para que possamos ter uma agropecuária
cada vez mais crescente e sustentável. Precisamos construir juntos alternativas
para continuar alavancando o agronegócio no intuito de produzirmos alimentos de
qualidade e a preços justos ao nosso consumidor, além de mantermos nosso
protagonismo como peça fundamental para a segurança alimentar global”, ponderou
o presidente.
O ministro Marcos Montes
ressaltou a importância da atuação do Sistema OCB junto ao governo na
construção de políticas públicas para o avanço do setor. Ele avaliou que os números
defendidos pelo Sistema são desafiadores, mas que convergem com as análises
realizadas pela equipe técnica do Ministério. “Precisamos produzir mais,
estimular nosso agronegócio, e a participação ativa das entidades nos demonstra
que precisamos buscar um Plano mais robusto para evitar retrocessos. Alguns
sacrifícios econômicos precisam ser feitos para atender prioridades, e estamos
tratando o Plano Safra como prioridade junto à área econômica do governo”,
declarou Montes.
Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos, lembrou também o papel das cooperativas financeiras para o crédito rural. “São os produtores os sócios da instituição financeira, e quem fazem o negócio funcionar. Em relação à equalização das taxas, precisamos aguardar a indicação do Tesouro Nacional sobre o montante que teremos. Outro ponto no qual precisamos avançar é em relação à poupança rural e LCA (Letra de Crédito Agropecuário), para estimular o pequeno e o médio produtor”, pontuou.
VALORES E PERCENTUAIS
Resumidamente, as principais
demandas do cooperativismo são o aumento da disponibilização de recursos de R$
251,2 bilhões do atual Plano para R$ 330 bilhões, sendo R$ 234 bilhões
destinados ao custeio da safra e comercialização e cerca de R$ 97 bilhões para
investimentos.
A elevação da oferta de crédito
também foi pleiteada mediante o aumento dos percentuais de exigibilidade do
depósito à vista (de 25% para 34%), da poupança rural (de 59% para 65%) e das
LCAs (de 35% para 50%) destinados ao crédito rural.
Há também a sugestão de elevar o
montante de recursos alocados para a equalização das taxas de juros do crédito
rural de R$ 13 bilhões para R$ 22 bilhões, e do seguro rural de R$ 1 bilhão
para R$ 1,8 bilhão.
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planosafra mapa bacenFonte: Sistema OCB