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Espírito Santo

Selita usa silagem para diminuir impactos de estiagem na produção de laticínios dos cooperados

A técnica é amplamente usada em períodos de seca e conserva o teor nutritivo dos alimentos ofertados ao gado leiteiro


05/06/2023 13:05 - Por Emilly Rocha
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Processo de ensilagem conserva o teor nutritivo dos alimentos. Foto: Selita

O período de estiagem das chuvas anualmente assola o Brasil entre os meses de maio e outubro, intervalo de tempo que afeta uma série de atividades agropecuárias que dependem do tempo chuvoso para prosperarem. Ciente dos impactos negativos causados na produção de leite, a Cooperativa de Laticínios Selita adotou, em 2021, uma medida para auxiliar os seus produtores cooperados.

O setor leiteiro é um dos mais atingidos pela estiagem. Isso porque a seca prejudica diretamente a disponibilidade e a qualidade de pastagem e forragem para o gado. Essa falta acarreta a diminuição da qualidade de nutrição dos animais o que, consequentemente, reduz o nível de produção do leite e seus derivados. Para encarar esse cenário, a solução adotada pela Selita é a ensilagem. Apenas no último ano, 322 cooperados foram beneficiados por esse projeto da coop.

 

O QUE É A SILAGEM E COMO A SELITA ADOTOU A SOLUÇÃO

Foto: Selita

O processo de ensilagem é uma técnica que consiste na conservação e armazenamento da forragem sem que o alimento perca o seu teor nutritivo. Em 2022, a Selita entregou aproximadamente 7 mil toneladas de silagem. Dentro desse quantitativo havia silagem de milho, de cana de açúcar inteira e de abacaxi.

Foram atendidos os municípios do Sul do Espírito Santo marcados pela atuação da Selita. De acordo com a conselheira de Administração da Selita, Sara Bueno, a cooperativa contratou vários fornecedores de silagem em diferentes municípios.

De acordo com a solicitação do cooperado, a Selita autorizava o carregamento da silagem, sendo o frete pago pelo solicitante. No entanto, na maior parte dos casos, os produtores cooperados conseguiram ajuda das prefeituras municipais, que disponibilizaram o transporte. O cooperado adquire a silagem pelo preço de custo e a Selita não obtém nenhum ganho financeiro nessa intermediação.

No último ano a Selita investiu R$ 2,5 milhões no projeto. A iniciativa visa manter em alto nível de qualidade e quantidade a produção leiteira dos cooperados. Além de atender a demanda nutricional dos animais, a distribuição de silagem também proporciona ao cooperado uma melhor produtividade em um período em que o preço do leite está mais valorizado. Para a indústria, há melhora no rendimento com o teor de sólidos no leite.

A conselheira de Administração da Selita destacou os benefícios do programa oferecido. “Conseguimos levar ao nosso cooperado alimentação de qualidade para seus animais, com um custo menor e com a opção de parcelamento da compra em até seis vezes. Com isso, ele aumenta sua produtividade, trazendo ganhos em escala de produção, além de produzir o leite com maiores teores de sólidos, proporcionando mais rendimento e qualidade na fabricação dos produtos”, avaliou.

 

VISÃO PARA 2023

No último ano a situação da seca no Sul do Espírito Santo foi extremamente grave, considerando que os produtores foram afetados por um período de cinco meses sem chuva. No entanto, neste ano, até o início de junho, a estiagem ainda não está muito forte. Mas, ainda assim, a Selita seguirá com o programa pensando nos próximos meses.

A cooperativa já está em processo de negociação com os fornecedores e já chegou a fechar alguns contratos. Porém, devido ao aumento da produção e o período de seca estar mais brando, a oferta está maior que a procura. Com isso, o preço da silagem vem caindo em relação ao ano passado.


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Fonte: Sistema OCB/ES, com informações da Selita

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