Os caminhos para que o Brasil
possa cumprir as metas assumidas para o alcance na neutralidade de carbono e
outros ativos ambientais durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança
do Clima de 2021 (COP26), em Glasgow, foram abordados no 1º Seminário Inovação e
Sustentabilidade no Cooperativismo. O evento, promovido nesta quarta-feira
(25), é uma realização do Canal Rural e do Sistema OCB, com apoio da
Organização das Cooperativas Brasileiras do Paraná (Ocepar).
Durante a abertura do evento, o
presidente do Sistema, Márcio Lopes de Freitas, agradeceu aos ministros do Meio
Ambiente e da Agricultura pela parceria em defesa do modelo cooperativista como
espelho de sustentabilidade e inovação no agro. “Nosso ministro Joaquim Leite,
nossa ex-ministra Tereza Cristina e o atual Marcos Montes são parceiros do
nosso modelo de negócios porque conferiram que as cooperativas já atuam em
defesa do desenvolvimento do país de forma sustentável”, afirmou.
O presidente destacou ainda a
importância do debate sobre o tema. “Nosso diferencial está na busca por uma
sociedade mais participativa e uma economia mais compartilhada. Esses
seminários fortalecem essa linha de atuação e reforçam como as cooperativas
impactam e levam prosperidade onde estão instaladas”, disse.
O ministro do Meio Ambiente,
Joaquim Leite, prestigiou o seminário e explicitou os desafios e iniciativas do
Governo Federal voltados ao alcance das metas estabelecidas pelo Brasil na
preservação e sustentabilidade do meio ambiente. “Temos compromissos ambiciosos
como a redução de 50% de emissão de carbono até 2030 e de gases que contribuem
para o efeito estufa até 2050. O Brasil é parte da solução nesta questão
mundial e, na COP 27, este ano, no Egito, vamos mostrar como atuamos de forma
cada vez mais sustentável, sobretudo, com a implementação dos compromissos em
Glasgow”.
Ainda segundo o ministro, o
Brasil conseguiu reverter uma agenda negativa em positiva. “Mudamos a agenda
ambiental que tinha por objetivo reduzir, multar e culpar para empreender,
desenvolver e inovar. As soluções climáticas podem e devem ser lucrativas para
o empreendedor e o cooperativismo juntamente com o setor privado são os
principais atores para esta transição”, defendeu.
Leite acrescentou também que o
Brasil foi o primeiro país a tomar medidas para a redução de emissão do gás
metano e outras ações em defesa da sustentabilidade, como a isenção de PIS e
Cofins para construção de usinas de biogás e biometano. “Essas isenções reduzem
o custo em 8%. Por outro lado, também criamos o crédito de metano e, na última
semana, publicamos o decreto que regula o mercado de carbono no Brasil, além da
central única de registros. Queremos soluções climáticas inteligentes, pois um
mercado nacional regulado permite a geração de ambiente para exportarmos mais e
temos toda capacidade de gerar créditos com custo menor”, complementou.
O debate contou ainda com a
participação de lideranças e profissionais de cooperativas e entidades parceiras.
Henrique Pinheiro Veiga, coordenador de Água e Solo da Agência Nacional de
Águas (ANA), tratou do tema Produtor de águas.
Cases de sucesso em
sustentabilidade e preservação ambiental também foram apresentados durante o
período da tarde. O evento foi encerrado com a participação de Ivonete Coelho
da Silva Chaves, diretora de Licenciamento e Outorga, e Ayton Torricilas
Machado, chefe do CAR, ambos do Instituto de Água e Terra (IAT), que prestaram
esclarecimentos sobre a regularização ambiental da propriedade.
Outros três eventos estão ainda estão previstos na parceria firmada entre o Canal Rural e a OCB e serão sediados no Amazonas (06/07), em Minas Gerais (28/07) e no Distrito Federal (24/08).
Tags
semniário inovação sustentabilidadeFonte: Sistema OCB