O quadro social das cooperativas capixabas é formado por dois
públicos chave: os cooperados e os colaboradores. Em 2021, o cooperativismo
capixaba registrou um novo crescimento no número de pessoas que integram esses
dois grupos: o ano foi encerrado com mais
de 610 mil cooperados, aumento de 26% se comparado a 2020; e cerca de 9,9 mil
empregos diretos e formais gerados pelas cooperativas do Espírito Santo.
Os dados foram divulgados no Anuário do Cooperativismo
Capixaba 2022, lançado pelo Sistema OCB/ES no último mês. Os indicadores foram
coletados no primeiro quadrimestre deste ano, por meio de uma pesquisa
intitulada Censo Cooperativista.
Quando se fala em cooperados, são considerados tanto
indivíduos que fornecem bens, insumos ou serviços quanto clientes que consomem
produtos ou serviços das cooperativas, a depender do segmento de atuação. Em
ambos os casos, os cooperados são proprietários do negócio e têm direito,
quando cumprem plenamente seus deveres estatutários, a participar das decisões
e dos resultados das cooperativas, dadas as características únicas do modelo societário
cooperativista, que tem seus fundamentos baseados no ganho coletivo.
Já os colaboradores são aquelas pessoas que têm vínculo
empregatício com as cooperativas e, portanto, também podem ser denominadas
empregados. Para se ter uma ideia da importância desses postos de trabalho para
a população, no último ano as cooperativas registraram R$ 424,6 milhões em
despesas com pessoal, dos quais quase 60% são relativos a pagamento de salários
e outras remunerações.
Embora existam diferenças entre os cooperados e os
colaboradores, os dois públicos são beneficiados com as oportunidades de
trabalho e renda gerados pelo modelo de negócio cooperativista. “O
cooperativismo é um movimento em que todos ganham. Quando uma cooperativa se
desenvolve e fortalece, mais cooperados ela pode atender, novos empregos são
gerados, mais tributos são arrecadados para os cofres públicos e mais a
economia local se desenvolve”, explica o presidente do Sistema OCB/ES, Dr.
Pedro Scarpi Melhorim.
E falando em tributos, em 2021 as cooperativas capixabas
contribuíram com R$ 553 milhões para os cofres os públicos, recursos
provenientes do pagamento de impostos e taxas. O montante representa uma
recuperação da queda registrada em 2020, em decorrência dos efeitos gerados
pela pandemia de Covid-19. Do valor total arrecadado, R$ 369 milhões foram
destinados à União, R$ 138,9 milhões para os estados e R$ 45,4 milhões para os
municípios.
“Os números têm revelado a relevância do trabalho realizado
pelas cooperativas para os nossos municípios, estado e país. Divulgar esses
indicadores é fundamental para a população entender de que maneira e o quanto o
cooperativismo contribui para a sociedade. Esse é o objetivo maior do nosso anuário”,
justifica o diretor-executivo do Sistema OCB/ES, Carlos André Santos de
Oliveira.
OUTROS
DESTAQUES DO ANUÁRIO
Com a
intenção de difundir os dados do Anuário do Cooperativismo Capixaba 2022 e
despertar o interesse do público pela pesquisa, o Sistema OCB/ES está
produzindo uma série de matérias jornalísticas a partir dos principais
indicadores que constam na publicação.
O primeiro
conteúdo da série destacou o crescimento da participação de mulheres em cargos
de liderança no cooperativismo capixaba e nos quadros sociais do movimento de
forma geral. Clique aqui para ler.
Outra publicação destrinchou dados sobre o envolvimento da
população com o cooperativismo, movimento que já alcança mais de 1,6 milhão de
indivíduos no Espírito Santo. Clique aqui para ler.
Fonte: Sistema OCB/ES