Em decorrência do crescimento do número de cooperativas na década de 70 no Espírito Santo, no dia 4 de setembro de 1972 foi constituída a Organização das Cooperativas do Estado do Espírito Santo (Ocees), com o objetivo de realizar estudos, promover a divulgação do sistema cooperativista, criar novas cooperativas, dar assessoria técnica, manter a integração com outros órgãos do cooperativismo e representar o modelo de negócio perante as autoridades de uma forma genérica.
Ao ato da fundação da Ocees, compareceram dirigentes e líderes cooperativistas de todo o estado, sendo eleito para a primeira Diretoria os cooperativistas José Carlos Bustamante de Carvalho como presidente; e Auler Ludolf Thomé como vice-presidente. Para conselheiros, foram eleitos: Ary Lopes Ferreira, Stepherson Holz, Aldemar Ribeiro Vidal, Eloy Fornazier e Quintiliano Martinelli.
Para o Conselho Fiscal, foram eleitos como efetivos Ilias Fernandes Cardoso dos Santos, Erineu Pinto Barcellos e Walter Alves e, como suplentes, Máximo Zandonadi, Vitalino Saither e Rubens Rangel Filho.
O anteprojeto estatutário foi elaborado por uma comissão técnica composta por Getúlio Calmon (Incra), Degmar Carvalho Fagundes e Roberto Marques Guarçoni (Secretaria da Agricultura - DER), Aildson Vargas de Souza, Marcio Manoel Perim dos Santos e Ailton Vargas de Souza (Acares), que secretariou a constituição da Ocees.
A assembleia foi presidida por Auler Ludolf Thomé, na época presidente da Cooperativa de Laticínios de Guaçuí Ltda.
Amadurecimento
Com o surgimento da organização, o movimento cooperativista capixaba iniciou sua caminhada rumo aos resultados positivos colhidos na atualidade. A então Ocees iniciou um processo de unificação das cooperativas em torno de uma mesma representação, visando tornar mais forte o modelo de negócio.
Além de facilitar a organização do movimento, ela passou a atuar na realização de estudos, promoção da divulgação do sistema cooperativista, criação de novas cooperativas para diversificação do mercado, assessoramento técnico, integração com outros órgãos do cooperativismo e representação do sistema perante as autoridades.
Marcos históricos
A evolução do trabalho desenvolvido pela organização fez com que a sua representatividade aumentasse e alcançasse novos patamares. Em 1994, ela se torna o sindicato patronal das cooperativas capixabas, adquirindo o direito de representá-las. Enquanto sindicato patronal, a entidade busca fortalecer o setor econômico com ações junto ao Legislativo e atuando na melhoria, defesa, incentivo e promoção de novas oportunidades para o segmento cooperativista.
A alteração foi um grande marco para a sua história, pois permitiu uma frente de trabalho mais direta na defesa dos interesses do movimento. Em 1999, para atender a essa nova atribuição, é realizada uma reforma estatutária (a segunda desde a sua criação), modificando a sua denominação para “Ocees - Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo”.
Ao passar a ser identificada como sindicato patronal, a OCB/ES ganha reconhecimento pelo trabalho realizado e assume de vez o papel de representar os interesses da categoria perante os demais atores, participando de negociações coletivas, defendendo pautas em benefício do cooperativismo e atuando em demandas estratégicas que permitem o seu desenvolvimento.
No mesmo ano, a atuação da Ocees ganha um grande aliado. Em 1999, nasce a segunda instituição formadora do Sistema OCB/ES: o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Espírito Santo (Sescoop/ES). Estabelecido em conformidade com a Medida Provisória 1.715, de 3 de setembro de 1998, e o Decreto nº 3.017, de 7 de abril de 1999, que criaram e regulamentaram o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, o Sescoop/ES passou a cumprir a missão de disponibilizar ações educacionais e de promoção social para as cooperativas capixabas.
Ao unir o trabalho desenvolvido na representação e defesa do cooperativismo com a missão de também capacitá-lo, criou-se um ambiente totalmente favorável para fortalecer ainda mais a atuação das cooperativas, pois elas encontraram todo o suporte necessário para firmar e ampliar seus negócios, gerando resultados econômicos cada vez mais significativos ao mesmo tempo em que entregavam transformação social para as comunidades e mais oportunidades para todos os envolvidos.
Três anos depois, em 28 de agosto de 2002, foi criado o braço sindical do Sistema, a Federação dos Sindicatos das Cooperativas dos Estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina (Fecoop/Sulene). Em 2004, também em reforma estatutária, a instituição teve uma nova mudança em sua denominação, ganhando o nome pelo qual é reconhecida hoje: OCB/ES – Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo. A alteração adequou o nome a exemplo da OCB Nacional, contribuindo para fortalecer a identidade da representação cooperativista em todo o País.
Linha do tempo
- 1972 - No dia 4 de setembro de 1972, foi fundada a Organização das Cooperativas do Estado do Espírito Santo (Ocees).
- 1994 - A Ocees torna-se sindicato patronal das cooperativas capixabas, adquirindo o direito de representá-las, buscando fortalecer o setor com ações junto ao Legislativo e atuando na melhoria, defesa, incentivo e promoção de novas oportunidades para o movimento.
- 1999 - Nasce a segunda instituição formadora do Sistema OCB/ES: o Sescoop/ES, criada pelo Decreto nº 3.017, de 7 de abril. O Ocees também passa a ser denominada "Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo" após reforma estatutária.
- 2002 - Em 28 de agosto de 2002, foi instituído o braço sindical do Sistema, representado pela Federação dos Sindicatos das Cooperativas dos Estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina (Fecoop/Sulene).
- 2004 - A partir de 2 de março de 2004, a Ocees passou a ser denominada Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo, adotando a sigla OCB/ES.
- 2022 – A OCB/ES, diante de uma trajetória marcada pelo trabalho incessante em prol do cooperativismo capixaba, completa 50 anos de existência e atuação.